toque-me
2015
“toque-me”Eduardo Salvino & OSNÁUTICOS* - 2015site-specific: instalação multimídia;telefone público; orelhão; software e arduíno.Dimensão: variável.Programação: Roger Sodré.Foto: André Fraga.Curadoria: Ananda Carvalho.Produção: Guilherme Machado* Poetas: Alex Dias e Francesca Cricelli.
O site-specific “toque-me” consiste numa relação interativa com o público que se dá da seguinte forma: de tempos em tempos, o telefone toca, podendo o passante, que estiver próximo ao orelhão, atender à chamada. Ao atendê-la, o transeunte dará início a uma relação interativa com essa “máquina poética”. A interação acontece enquanto o usuário do orelhão responde às gravações eletrônicas ouvidas do outro lado da linha. Ao ouvir as gravações o mesmo faz associações de teclas correspondentes ao mês e ano de seu nascimento, o que permite lhe permite ouvir associações de poesias dos “OSNÁUTICOS”.
Essa instalação, cuja pretensão é ser uma espécie de “oráculo e vidente”, faz leituras implausíveis do espectador dando ao mesmo um perfil editado e inusitado, “costuras poéticas” em tom de “fábula fantástica”. Nesse “remix sonoro”, o trabalho sobrepõe informações que tangem espaço, tempo e lugar.
Aqui articularam-se coautorias com os espectadores do local, ao utilizarem gravadores cedidos pela produção do projeto criaram poemas que foram disponibilizados, com dos outros poetas, nos 2 orelhões instalados na Marquise do eixo monumental da Funarte Brasília, desdobrando e adensando a obra “toque-me”, tivemos ainda: uma palestra com um crítico que acompanhou o processo e com os artistas e os convidados do projeto; uma oficina (ação socioeducativa), aberta à comunidade de Brasília, com proposições estéticas em sintonia com o projeto e, também, geradora de conteúdo para a interface de “toque-me” e, por último, a produção de um catálogo, com o resultado visual e textual do projeto. "Toque-me" dialogou com o espaço expositivo e o público local, onde "artista-obra-espectador", em sintonia com a reflexão artística contemporânea, foram, também, dados para ações poéticas que trazem questões envolvendo, o virtual, o real e o imaterial, lidando com a desprogramação dos elementos midiáticos e as potências do lúdico.
